Por Paulo Castro –
Bancários receberam a primeira exibição pública do filme Em Busca de Iara

Anualmente, o CINEB inicia suas atividades com uma sessão exclusiva no auditório amarelo da sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Na noite de ontem, 18/03, realizamos a exibição do documentário que entrará em cartaz nos cinemas no dia 27/03. O filme, através de uma investigação da sobrinha, desmonta a versão oficial do Estado de que Iara Ivalberg cometera suicídio, e não que foi assassinada por agentes da repressão militar. Aliás, filme mais que pertinente para 2014: este ano completará 50 anos dos golpe militar de 1964, responsáveis pelo pior período da história recente do Brasil.
(Veja matéria especial da Revista do Brasil sobre os 50 anos do golpe militar)
(Veja matéria da TVB sobre esta sessão)

Na abertura da sessão, Cynthia Alario – sócia-diretora da Brazucah Produções, destacou a importância de um projeto de exibição gratuita de cinema brasileiro: “Não adianta nada um filme ser feito e não ser visto por ninguém. Afinal, um filme só se realizada como filme quando é visto pelas pessoas”, disse Cynthia, que disse ainda que é fundamental o apoio do Sindicado dos Bancários de São Paulo na realização do CINEB. Já o coordenador do CINEB, Cidálio Vieira Santos, em entrevista à TV dos Bancários, falou sobre o início das atividades do projeto: ” 2014 marcar os 50 anos do golpe militar que institui a ditadura em nosso país. O CINEB, sempre antes da exibição de qualquer filme, passa um curta-metragem antes, entre 5 e 12 minutos. Estamos planejando passar um curta sobre a ditadura para que o nosso público da periferia participe deste debate com a gente”, disse Cidálio sobre as expectativas para este ano.
Após a exibição do filme, o diretor Flávio Frederico falou com o público presente. “Neste filme, não tem nada de forçado. O que está na tela é exatamente o sentimento da Mariana sobre a história de sua tia”, disse ele sobre a realização do filme com a esposa, Mariana Pamplona, que é sobrinha de Iara. “O processo do filme levou 7 anos de realização e pesquisa. Acho que todo esse material fica como um registro histórico sobre este período para o Brasil”, disse Flávio, que ainda completou sobre a sessão especial daquela noite: “A expectativa para a exibição aqui é muito boa, pois o Sindicato é um lugar muito simbólico de luta”, em especial porque também teve muita perseguição à companheiros durante o regime militar.

PÚBLICO PARTICIPOU DO BATE-PAPO SOBRE O FILME E OS TEMAS QUE ELE LEVANTA

- “É fundamental o trabalho que o filme faz, ao desmontar a versão oficial sobre a morte de mais uma militante da esquerda”, Elói Rogéiro, da ONG Tijolinho – Morro Grande, ZN
- “O filme é muito elucidativo para a história do nosso país” – Paulo Gabeira, professor de Sociologia e delegado da APEOESP






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