Detox SP estreia no CineB

O documentário, que faz uma reflexão sobre a qualidade da água dos rios de São Paulo foi exibido dia 29/11, no Auditório Amarelo na sede do Sindicato dos Bancários de SP. Os diretores participaram de um debate com o público.

Felipe Kurc, Cidálio Vieira Santos (centro) e Rodolfo Amaral na abertura da sessão.

O CineB realizou, no dia 29/11, uma sessão especial com a exibição de Detox SP. O documentário traz uma abordagem que relaciona a circulação das águas de dentro de nosso corpo com os rios, considerado as águas de fora. A dupla de jovens cineastas, Felipe Kurc e Rodolfo Amaral, procuraram entender como a poluição das águas e dos rios da cidade de São Paulo, em especial o rio Pinheiros, revelam as emoções de quem mora na maior cidade do país. Eles fazem isso por meio de entrevistas que analisam o descaso ambiental, mostrando a importância de se ter o fluxo natural das águas restabelecida para o necessário desenvolvimento dos paulistas.

A sessão aconteceu no Auditório Amarelo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e reuniu além de bancários, algumas das lideranças de comunidades onde o CineB foi exibido este ano, como Humberto Canavesi, diretor da ONG Juntos e Marli Siqueira, do City Jaraguá. Ao final, Kurc e Amaral participaram de um debate com o público, que elogiou a abordagem do filme.

Público preenche a ficha de avaliação do documentário.

“Fiquei encantada. Falar de água e emoções, falar do ser humano. Quero divulgar, assistir com outras pessoas, formar grupo para assistir”, destacou Dilma Lessa Teixeira, bancária aposentada e atualmente servidora pública municipal, frequentadora das sessões do CineB há anos.

Valdina da Silva, presidente da Associação de Trabalhadoras e Trabalhadores Ambulantes e feirantes do Brasil, destacou a importância do direito à cidade. “Temos deixado muito para depois, e temos que lutar pelo que é certo, pelo desenvolvimento”, apontou.

Para Alexandra Aparecida da Silva, assistente social, é impossível debater a água sem falar de política, “porque a água é um direito humano. O filme colocou a poluição, mas a gente sabe que está ligado ao sistema capitalista, que é destruidor da natureza”, comentou ao final do debate.

Valdina da Silva, presidente da Associação de Trabalhadoras e Trabalhadores Ambulantes e feirantes do Brasil.

O diretor Felipe Kurc lembrou que o filme está disponível gratuitamente na plataforma on line Videocamp para quem quiser formar grupos e assistir ao documentário. “O que a gente mais quer é que ele chegue no maior número de pessoas possível”, destaca. Já Rodolfo Amaral, que teve sua primeira experiência atrás das câmeras, elogiou o trabalho que o CineB desenvolve há quase 12 anos democratizando o acesso ao cinema brasileiro. “É um projeto fantástico que leva o filme para as pessoas, para as comunidades, para as universidade. A gente realmente quer que esse filme traga uma consciência”, destacou.

O CineB é um circuito alternativo de exibição que, desde 2007, leva cinema brasileiro para várias regiões da cidade. O projeto, já contabiliza um público superior a 60 mil pessoas em mais de 480 sessões gratuitas em comunidades, escolas e universidades de São Paulo. Já foram exibidos na tela do CINEB mais de 116 longas metragens e 73 curtas metragens.

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