CINE B EM ALTO DE PINHEIROS A CÉU ABERTO

Tudo começou mais de dez anos atrás quando algumas pessoas da região da Praça Emília de Barbosa Lima, em Alto de Pinheiros, São Paulo, se uniram para transformar aquele lugar abandonado e perigoso em uma agradável praça de convivência dos moradores e frequentadores da região.

Ao ar livre, o antes e depois do público chegar à praça

O trabalho não foi fácil: uniram-se arquitetos, engenheiros, moradores, estudantes e trabalhadores em busca do projeto ideal para aquele lugar. Moradores do bairro e taxistas de um ponto que opera ali até hoje foram consultados de como queriam que ela fosse. Alunos do colégio Vera Cruz ajudaram no projeto, na pesquisa e no plantio de árvores. Tanto deu certo que o CINE B realizou uma bela sessão a céu aberto do filme “Quem se Importa”, da diretora Mara Mourão. O tema do documentário está diretamente relacionado com a história daquela praça: o filme trata de diversos empreendedores sociais ao redor do mundo que, incomodados com alguma situação, resolveram se mexer em busca de soluções rápidas e práticas para problemas sociais.

Cadeiras ocupadas momentos antes da sessão

Mara Mourão, além de diretora do filme, integra o movimento “Alto de Pinheiros quer Paz”: “A segurança passa pela ocupação das ruas do nosso bairro e não apenas nos trancarmos dentro dos muros das nossas casas”, conta a diretora que estava empolgada na exibição ao ar livre do seu documentário. “O objetivo do filme é inspirar as pessoas em ações comunitárias, pois o dia em que elas se unirem e se conhecerem melhor conseguirão viver em paz, em um bairro melhor”.

A diretora Mara Mourão e o coordenador do CINE B Cidálio Vieira Santos

A arquiteta Maria Luisa elogiou a utilização da praça como sala de cinema: “Fico muito feliz em ver esta praça que ajudei a planejar anos atrás sendo usada pelos moradores do bairro como um espaço cultural”.

Luiz Vilhaça, Michel Rosenthal e Maria Luisa

Luiz Vilhaça Meier, que é engenheiro e integrante do movimento “Alto de Pinheiros quer Paz”, destacou também o uso da praça: “Esta sessão é uma forma de encontramos as pessoas daqui, de percebermos o outro como nós, de diminuir a sensação de prisão que sinto dentro dos muros da minha casa”. Este tipo de atividade, unindo as pessoas, faz com que haja discussão dos problemas comuns a elas e ao bairro onde vivem. Para Luiz, a exibição do “Quem se importa” é interessante porque “vendo o filme nós percebemos que não estamos sozinhos fazendo essas ações comunitárias. O depoimento daquelas pessoas nos estimula a fazer mais”, conclui o engenheiro.

Alunos do Vera Cruz curtiram o filme e o frio com uma mantinha
O casal Erik e Rita Farcette levaram as filhas Marina e Clara
Verenice Arahan (EUA) e Julia Jaskolska (Polônia) estava lá a convite da arquiteta Claudia Bicalho(à direita)

Após a sessão, o público pôde participar de debate com a diretora Mara Mourão
E o público aguentou o friozinho até o final

Embora um pouco fria aquela noite, a sessão ficou cheia até o final. Uma delícia exibir um documentário tão interessante, a céu aberto e com debate sobre o tema do filme com a diretora Mara Mourão.

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