Por Paulo Castro
Na última quinta-feira, 25 de abril, o CINE B foi pela primeira vez ao Morro Grande, zona norte de São Paulo, com os curtas-metragens do SELO CINE B. Quem nos recebeu foi a ONG Espaço Jovem Tijolinho, que abriga o CCA TIJOLINHO (Centro da Criança e Adolescente) e CJ Morro Grande ( Centro para a juventude). Ao todo, a ONG oferece atividades para 188 jovens, entre 6 e 19 anos, no contra-turno escolar.

Elói Rogério, presidente da ONG, conta que entre as práticas esportivas, aulas de Inglês e Português, a atividade de Convivência Social é a mais importante: “É onde nós ensinamos esses jovens a serem mais cidadãos. Eles participam de oficinas de dança, capoeira e teatro. Assim, aprendem a conviver em sociedade e a trabalhar em grupo”. Para Elói, a sessão do CINE B complementa a proposta deles: “O cinema completa o entendimento destes jovens do que é o nosso Brasil. Com o cinema, é mais fácil trabalhar com eles a nossa realidade”.

Quem levou o CINE B para o Morro Grande foi o bancário da Caixa Econômica Federal e morador da região, Nilson Moura: “Eu conheço o pessoal da ONG e, quando conheci o CINE B, resolvi fazer a ponte para que viesse pra cá, pois o as pessoas daqui precisam muito deste tipo de iniciativa”. Para Nilson, “O Sindicato dos Bancários de São Paulo está levando cultura e informação para as comunidades, e isto mostra que é um sindicato cidadão”.

Quem também acompanhou a sessão foi o bancário e diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Marcos Amaral. Na apresentação ele disse: “Para quem não pode ir ao shopping para ver um filme, hoje vocês terão a oportunidade de uma sessão de cinema igual a de lá”. Para ele, a estrutura do CINE B faz com que “o cinema chegue com a mesma qualidade das salas comerciais até as comunidades”
E foi uma festa só. A sessão estava lotada com 258 pessoas, entre crianças, jovens e adultos. Quem não encontrou cadeiras disponíveis, sentou no chão. Olha que o pessoal gostou mesmo: ao final de cada curta, aplaudiam e ovacionavam as histórias projetadas. A empolgação foi tanta que o coordenador do CINE B, Cidáliio Vieira Santos, passou um curta a mais para o pesssoal.

E que sucesso mesmo. Nesta sessão, encontramos duas pessoas que nunca tinham ido ao cinema na vida. Foi o caso da doméstica Cícera Melo, de 48 anos, que estava com os filhos: “Nunca fui ao cinema por falta de tempo, dinheiro e oportunidade. Aí me convidaram hoje e, como era pertinho, eu vim com as crianças”. Dona Tereza Rosa, de 60 anos, disse que achou “tudo muito lindo”, e que gostou mais do curta-metragem BMW Vermelho por ser o mais engraçado de todos. Não era pra menos: sala lotada, tela grande, som de primeira, uma pipoca quentinha deliciosa e, o melhor, tudo de graça. Só podia ser mesmo a melhor primeira vez de Cícera e Tereza no cinema.

Para Sebastiana Vilela, tesoureira da ONG e ex-presidenta, o CINE B proporcionou uma ótima oportunidade para os jovens e suas familias: “Com a vinda de vocês aqui, podemos trabalhar a experiência do cinema com eles, pois não costumam ir. Assim, tentamos resgatar o hábito das pessoas frequentarem o cinema”. Elói Rogério estava muito feliz ao final da sessão: “As pessoas vão falar muito dos filmes de hoje, pois não estão acostumadas com isto. Precisamos exibir mais e mais aqui. A sessão foi uma maravilha”.

Ao final, sorteamos camisetas exclusivas do CINE B, além das agendinhas personalizadas em comemoração aos 90 anos do Sindicato dos Bancários de São Paulo.


ABAIXO, OUTROS MOMENTOS NO MORRO GRANDE









