Por Paulo Castro –
O CINEB, no último sábado, exibiu o filme À Beira do Caminho na CASA DO VIOLEIRO DO BRASIL, em Osasco. Foi a segunda vez que o nosso projeto esteve por lá para levar o cinema brasileiro mais próximo das pessoas. A CASA DO VIOLEIRO DO BRASIL existe há 15 anos e pertence à Orquestra dos Violeiros de Osasco, que tem 44 anos de história e muita música para contar e tocar. Ela foi a primeira orquestra de violeiros do Brasil: “Até o início dos anos 80 nós viajávamos o país inteiro fazendo shows, depois disso – com o surgimento de outras orquestras – nossas viagens diminuíram. Mas, influenciamos e incentivamos o surgimento de muitas por aí”, disse o presidente Antônio Caldeira. A casa fica aberta à comunidade oferecendo aulas de viola gratuitas, além de shows e o famoso Baile da Boa Idade.


Essa sessão ajudou a reunir pessoas de diversos bairros da cidade, além do Jardim Ypê, como o pessoal do Jardim Munhoz, Novo Osasco e também do Jardim Imperial. Montar uma sala de cinema em um lugar assim cria uma ótima possibilidade de levar pessoas que já não tem mais o hábito de frequentar a sala escura. Incentivada pela vontade de não ficar sozinha em casa em um sábado à noite, e ainda mais por ser gratuito, Vitória Santos falou da alegria em estar presente naquela noite: “Faz 40 anos que eu não vou ao cinema. Por muito tempo eu só cuidava da casa, dos filhos e do meu finado marido. Agora, eu me cuido, frequento aqui a casa nos shows todos os domingos e aproveitei hoje para vir ao cinema”, contou ela todo feliz e ansiosa pela sessão.



As atividades culturais e sociais desenvolvidas pela casa tem, em sua grande maioria, o pessoal da 3ª idade. O Baile da Boa Idade é um sucesso de público, e tem ajudado a fazer diversos casais nestes últimos anos. Contam por lá que o casal José Roda e Maria da Silva é o mais apaixonados: “Somos daqui de Osasco, mas acabamos nos conhecendo em Itu pouco mais de um ano atrás. Agora frequentamos direto os bailes por aqui”, disse José. Dona Maria contou que eles não tinham nada para fazer naquela noite e que o cineminha era uma boa opção. Embora ela não veja muito os filmes brasileiros ultimamente, disse o que a motivou a ver os filmes mais novos: “Eu gostei bastante de ver no cinema os filmes espíritas que foram lançados, como Chico Xavier e Nosso Lar. Como é sobre a minha religião, tive vontade de ir ao cinema”. Natal Baptstela e Antonia Freitas se conheceram no baile há dois meses e falaram o que acharam do filme À Beira do Caminho: “O filme nos passa a lição da dor que sente uma criança que é abandonada pelos pais”, disse Natal. “O cinema é uma coisa muito instrutiva, além do que é bom para namorar também”, falou brincando Antônia.


Na abertura da sessão, Cynthia Alario, diretora da Brazucah Produções, destacou que escolheu a Casa dos Violeiros para gravar alguns depoimentos para o vídeo institucional do CINEB e revelou o que sente quando vai para lá: “Sempre que venho aqui me dá uma vontade de fazer um filme sobre os violeiros”.

Sorte da Maria do Carmo, doméstica de 59 anos, que nunca tinha ido ao cinema na vida até então.”Quando eu vejo filme na tv, é pequenininho, tem que ficar prestando bastante atenção. Aqui é tudo grande, bem mais legal” disse ela toda entusiasmada. “Agora que conheço, vou querer vir aqui sempre”. É por isso que para nós do CINEB é sempre um grande prazer realizar sessões de cinema brasileiro gratuitas nas comunidade de São Paulo e região e poder proporcionar momentos de alegria e emoção para pessoas que não tem oportunidade de ir ao cinema, de conhecer a magia que os nossos filmes tem.

Grande abraço aos amigos da Casa dos Violeiros do Brasil e ao pessoal de Osasco. Voltaremos em breve com mais um filme brasileiro para vocês.





Gostaria de entrar em contato coma a Cida Bilya Maria Apareciada Correa Dos Santos,tenho tentado entrar em contato com ela mais não se completa a chamada,estou no paraguai,ela e integrante desde a epoca do tte.Marino Cafundo de Moraes…