4ª edição do Selo CINEB é lançada e fortalece a 7ª arte da periferia

Por Simone Freire

Em 2015, o CINEB irá completar 8 anos de atividades e chegar ao público de 43 mil pessoas. A cada ano que passa ele amplia ainda mais as suas ações. Além do cinema itinerante, já foram criados o Prêmio CINEB do Cinema Brasileiro e três edições do Selo CINEB do Cinema Brasileiro – um dvd com curtas-metragens mais bem avaliados pelo público.

Capa do 4º SELO CINEB DA PERIFERIA

Agora, o Selo chega a sua 4ª edição com mais uma novidade especial, o “CINEB da Periferia”, no qual participam apenas filmes produzidos nas comunidades. Lançado nesta quarta-feira (18), na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Foram premiados para o Selo os filmes Presenvar é Resistir, de Flávio Galvão; Ponto Cego, de Francisco Bahia Lopes; Nossas Histórias, Minhas Memórias, de Gustavo Pagador, Fernanda de Araújo e Paula Souza; Vendedores Ambulantes – Gambiarra Acústica, de Deborah Pavani e Jeferson Santos e Cubo Mágico, de Vanderson Alves Feitosa.  O evento contou com a presença de dezenas de pessoas e representantes de entidades que assistiram aos filmes acompanhados da tradicional pipoca, participaram de um debate entre os diretores e foram premiados em um sorteio de DVDs e camisetas.

Diretores dos filmes do 4º SELO CINEB DA PERIFERIA

PRESENÇAS ESPECIAIS DE ALEXANDRE PADILHA E LUIZ CLÁUDIO MARCOLINO

Após conhecer o projeto pelas redes sociais e ter participado de umas das sessões do CINEB em Cidade Ademar, na Zona Sul, o ex-ministro da Saúde e ex-candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, esteve presente e prestigiou o lançamento. “Agora a gente vê que o projeto também pega a produção da periferia e curtas produzidos envolvendo jovens. Isso certamente vai ter um impacto muito grande”, avaliou.

Alexandre Padilha ( Sec. das Relações Governamentais da cidade de São Paulo), Luiz Claudio Marcolino (ex-deputado estadual e criador do CINEB) e Cidálio Vieira Santos (Coord. do CINEB)

Entre os diretores presentes no lançamento estavam Gustavo Pagador, 21 anos, e Fernanda de Araújo, 19 anos. (foto) É Fernanda quem lembra com bastante animação do momento em que soube do primeiro reconhecimento pelo trabalho realizado, que veio do CINEB. “Eu não acreditei. É uma satisfação porque a gente fez com muito amor”, lembra.

Gustavo e Fernanda, diretores do filme NOSSAS HISTÓRIAS - MINHAS MEMÓRIAS

O jovem Henrick Soares de Souza, 13 anos, é um dos atores de O Cubo Mágico. Para ele, participar do filme foi uma experiência e oportunidade inovadora. (foto) Já o diretor do filme, o carioca Vanderson Alves Feitosa, de 31 anos, assíduo defensor da produção do cinema na periferia, parabenizou o projeto: “O CINEB é muito importante e relevante nesse cenário, pois ele levanta a bandeira da periferia”.

O ator mirim Henrick Soares de Souza e o diretor de O CUBO MÁGICO, Vanderson Alves Feitosa

Após as exibições dos filme, um debate entre os diretores presentes foi realizado. O momento serviu para tirar algumas dúvidas relacionadas aos filmes e saber mais sobre como é produzir um filme na perifeia.

Após a exibição dos curtas rolou um debate com os diretores dos curtas

Alexandra Aparecida da Silva, de 42 anos, é estudante de Serviço Social na UNIESP. Ela está na fase inicial de seu TCC e ficou bastante interessa pela temática abordada no filme “Preservar é Resistir”, que aborda a vida de comunidades tradicionais de São Paulo e Rio de Janeiro. Curiosa, ao diretor do filme, Flávio Galvão, ela questionou “Você se envolveu bastante com os quilombolas e com a situação deles?”.

Sem dúvida, o Quilombo do Campinho, que é o que eu fiz as imagens, emociona a gente. A emoção que eu senti foi pela luta. […] Acho que o Quilombo do Campinho traz esta mensagem pra gente de luta. Você chega lá e é um dos quilombos mais organizados que tem na região e tem sua hiostória preservada”, respondeu o diretor.

Púiblico participou do debate com os diretores dos curtas-metragens

O fácil acesso aos dvd’s e a esta produção cinematográfica colaboram com a educação e pesquisa acadêmica. Esta é a avaliação da professora de Serviço Social da Universidade Santo Amaro (Unisa), Maria Lourdes, que esteve presente no lançamento com algumas alunas. “Umas das coisas interessantes que eu vejo dessa proposta é que a gente pode adquirir estes curtas por um preço simbólico, o que permite que eles possam estar na filmografia do curso”, analisa.

Alunas do curso de Serviço Social da Universidade Santo Amaro (Unisa) estiveram presentes no lançamento

A sessão foi acompanhada pelo diretor do jornal Centro em Foco, Carlos Moura. Também estiveram presentes o ex-presidente do Sindicato dos Bancários, Luiz Cláudio Marcolino; Elani do Nascimento e Eduardo Freire, do Instituto Alana; Mônica Costa e Silva, da associação Defesa da Cidadania; alunos do Colégio Santa Cruz e da Escola Municipal Dr. José Kauffman; além de representantes do Projeto Cultural Educacional Novo Pantanal e da Associação de Moradores da Vila Rica (Zona Leste). (foto)

Elani do Nascimento e Eduardo Freire, do Instituto Alana

 

Fim de sessão, com sorteio de brindes do CINEB

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