Água Funda recebe diretor de “Magal e os Formigas”

O CineB esteve no Salão da Paróquia Santo Afonso de Ligório, na Água Funda, Zona Sul de São Paulo, no último domingo, 24/9, para exibir a comédia “Magal e os Formigas”, de Newton Cannito, que participou de um debate após a sessão.

Foi uma semana intensa no CineB. A comédia “Magal e os Formigas” que iniciou sua temporada no projeto semana passada já foi exibida em três sessões. A mais recente aconteceu no último domingo, 24/9, no salão paroquial da Igreja Santo Afonso de Ligório, localizada na Água Funda, Zona Sul de São Paulo.

O salão da igreja da Água Funda se transformou rapidamente em uma sala de cinema.

“Magal e os Formigas” foi escrito e dirigido por Newton Cannito. Conta a história de um aposentado que está aborrecido com a vida e reclama o tempo todo de seu trabalho. Viciado em loterias, ele está afundado em depressão e não vê esperança. Até que, após um delírio, ele começa a receber visitas do cantor Sidney Magal. Assustado com o fenômeno sobrenatural recorrente, ele irá aprender, com o bom humor da aparição, um novo jeito de viver uma vida mais feliz. Além de Magal, integram o elenco Norival Rizzo, Imara Reis, Mel Lisboa e José Carlos Machado entre outros.

Exibição do curta “Depois Que Eu Te Vi”, de Vinícuis Saramago.

Além do longa, foi exibido o curta “Depois que Eu Te Vi”, de Vinicius Saramago que aborda a história de um jovem autista que trabalha na farmácia do tio e cumpre metodicamente sua rotina, mas isso muda quando ele sai para fazer uma entrega e vê uma menina passar de bicicleta. A partir daí sua rotina muda completamente e seu foco passa ser esse nova paixão.

Abertura da sessão com a diretora da AMAAF Analu Reis, o coordenador do CineB Cidálio Vieira Santos e a presidente da AMAAF Isabel Mendes dos Ramos.

A sessão foi organizada pelo mesmo grupo ligado à Associação dos Moradores Amigos da Água Funda (AMAAF), que já recebeu duas exibições do CineB desde ano passado. A presidente da Associação dos Moradores Amigos da Água Funda (AMAAF), Isabel Mendes dos Santos, conta que a mudança de espaço é uma estratégia para alcançar um público diferente: “é mais central no nosso bairro. É uma oportunidade que as pessoas têm de ter acesso ao cinema”, explicou.

Público se envolveu com o debate, após a exibição de “Magal e os Formigas”.

Ao final do filme, inspirado na vida da família do diretor, o CineB organizou um debate com Cannito, sua irmã Lurdes Guimarães Cannito e a mãe Maria Guimarães Cannito, que aos 80 anos, fez sua estreia como atriz na comédia. O público, interessado pela história da família e da produção, manteve um longo diálogo com os convidados sobre o importante papel do filme para refletir a situação da terceira idade no Brasil. Segundo Maria Emília de Souza, Emily, professora de canto coral e de teatro da AMAAF, o filme “foca várias temáticas como a vida do idoso, preconceito… com certeza todo mundo daqui sai com a ideia de que é preciso ter um Magal buzinando no ouvido pra tocar a vida pra frente”, sugeriu.

Wanda dos Santos, caiu na dança com a cançao “Sandra Rosa Madalena”.

Maria Regina de Oliveira, que foi a uma sessão do CineB pela primeira vez contou que tanto o curta quando o longa exibidos são exemplos da importante discussão da inclusão na sociedade brasileira: “o curta trabalha a questão da deficiência, da miopia do tio que não entendeu o que o menino queria, já o filme do Magal trabalha a questão da união, do sonho. É a primeira vez que eu participo de um filme onde o diretor traz a família, onde ele se desloca para dar esse carinho para seu público”, reflete.

“É a primeira vez que eu participo de um filme onde o diretor traz a família”, destaca Maria Regina.

Cannito, que participou pela segunda vez de um debate no CineB em menos de uma semana, elogiou a qualidade do diálogo com o público, que durou cerca de uma hora. “É muito legal ver como funciona o filme para essa audiência. Pela primeira vez ele está tendo a oportunidade de passar para a plateia inteira de terceira idade”, analisa. Ao final do debate foram sorteadas camisetas do projeto e livros doados pela ONG Eh Aqui.

Até a próxima sessão!

O CineB é um circuito itinerante de cinema realizado pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e pela Brazucah Produções. Desde 2007, o já atingiu um público superior a 60 mil espectadores em mais de 450 sessões gratuitas realizadas em comunidades de São Paulo. A iniciativa busca democratizar o acesso ao cinema nacional e divulgar os filmes produzidos no Brasil. Foram exibidos na tela do CineB mais de 100 longas-metragens e 69 curtas-metragens, além da realização de pré-estreias exclusivas.

6 comments

  1. O projeto Cine B fez muitas pessoas felizes aqui no bairro… Trouxe cinema… Discussão e pipoca !!!

  2. Para os moradores do bairro Água funda foi uma experiência maravilhosa a vinda do cinb. Para maioria dos presentes foi a primeira vez que experimentou a riqueza de assistir o filme é em seguida a oportunidade de dialogar com os diretores. Além de histórias belíssimas, no bate papo com os diretores foi uma aula do passo a passo da gravação.
    Parabéns para o cineb. Aguardamos anciosos para novas sessões em 2018. Feliz Natal

  3. Foi magnífico.reunir as pessoas nessa noite. A magia do cinema trouxe alegria a todos e uma mensagem de esperança. PARABÉNS a todos q pensaram e fizeram o sonho se realizar

  4. Aqui na Paroquia Santo Afonso foi sensacional.
    Precisamos de mais projetos assim no nosso bairro.
    Espero que em 2018 tenhamos mais oportunidades como essa para o nosso bairro.
    Estao de parabens.

  5. Após assistir as apresentações dos filmes do CINE B, fiquei com a certeza de que essa é uma nova modalidade, com eficácia, de levar uma maravilhosa arte a todos os cantos da nossa cidade. Lembrei-me do filme cinema padiso. Esse projeto é uma importantíssima contribuição para o nosso povo que reside longe dos centros, que tem pouco acesso aos meios culturais de boa qualidade. Parabenizo a todos que fazem parte desse projeto, inclusive da pipoca. Obrigado.

  6. Eu passei minha infancia na Agua Funda, e hj vivo tao longe. Cheguei a participar do projeto, nessa mesma paroquia Santo Afonso, na decada de 80, que me ajudou demais, pois minha familia era muito pobre. Lembro da Gal, da Viviane, do Ivo. Achei essa materia pelo google, e me identifiquei. Quanta saudade, como o tempo passa.
    Mas, nao podemos reclamar, espantar a tristeza e olhar sempre pra frente. Deusos abencoe.

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