Pela primeira vez o Cine B realiza uma exibição na quadra de esportes do Instituto Rogacionista, que fica na zona oeste de São Paulo, na comunidade da Água Branca. A sessão contou com 200 espectadores e foram exibidos os filmes Quincas Berro D’água, longa-metragem de Sérgio Machado e o curta Uma história de futebol de Paulo Machline. Entre os espectadores, moradores da Água Branca e representantes da Associação de Moradores da Água Branca, alunos dos cursos do Instituto e universitários dos cursos de Comunicação Digital da Universidade Paulista (UNIP), que fica próxima ao Instituto Rogacinista.
“O que achei muito interessante do projeto Cine B foi essa proposta de trazer o cinema nacional para a população, porque apesar da nova safra de filmes que refletem nossa história e cultura, hoje as salas de cinema estão restritas a shoppings e ambientes mais sofisticados em que o preço do ingresso é caro e nem sempre acessível a maior parte das pessoas”, disse o Padre Lédio Milanez.
“Tenho assistido filmes em casa, porque acho o ingresso do cinema muito caro, nosso poder aquisito é baixo, então vou fazer o que? Tenho que esperar sair em DVD ou passar na televisão”, disse a moradora da Água Branca, Maria do Carmo Santos, que confessou adorar o longa brasileiro Ó, pai ó, de Monique Gardenberg (e que já esteve em cartaz no Cine B).
“Este projeto foi ideal hoje aqui, salvou o fim de semana, porque acabamos sempre gastando o dinheiro com outra coisa, difícil ir no cinema, então hoje não perdemos tempo para assistir um filme assim de graça”, disse o vice-presidente da Associação de Moradores da Água Branca, Emerson da Silva.
“Para mim é muito gratificante ver esta exibição, já que moro nesse bairro. Para o Sindicato, este é um projeto muito valioso, o qual nos orgulhamos muito”, disse Jackeline Machado, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que ajudou o coordenador do Cine B, Cidálio Vieira Santos a divulgar esta sessão, andando com o carro de som pela vizinhança.
UNIP
Os alunos do de Comunicação Digital da UNIP, que abrange os cursos de Audiovisual, Design Gráfico e Computação Gráfica.
A coordenadora do curso, Professora Selma dos Santos Rofino convocou todos os seus alunos quando soube da exibição.
“Eventos como este são de extrema importância para os alunos desses cursos, porque mostram como deve ser o trabalho deles na prática, mas além dessa importância na profissão destes alunos, existe a importância da inserção na comunidade que vivem. O mercado de trabalho hoje é um mercado que exige profissionais que sejam qualificados em diversas formas, também no sentido de vivencia, de conhecimento com o grupo que vivem”, disse a professora Selma.
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