Projeto exibiu episódios da série “Causando na Rua” para estudantes de graduação
Texto e foto: Eduardo Viné Boldt
Sessão realizada no dia 27 de março de 2025
O projeto Cine B Universidades realizou na quinta-feira (27) mais uma exibição na Faculdade das Américas – FAM, no auditório de seu campi na Rua Augusta. O espaço acomodou alunos dos cursos de Cinema, Publicidade, Produção Audiovisual e Jornalismo para a exibição de três episódios da série documental “Causando na Rua”, da diretora Tata Amaral. Mais de 110 pessoas estiveram presentes na exibição, e puderam conversar no final com a diretora.
Formação
Com um sólido compromisso na formação de profissionais audiovisuais, os alunos da FAM exercitam, na prática, o que aprendem na sala de aula. Um grupo de jovens estudantes aproveitou a presença da realizadora para realizar a cobertura do evento, tirando fotos e gravando uma entrevista com a cineasta.

O registro é parte da formação desses alunos, como explicou a professora e supervisora das atividades práticas, Camila Cattai.

“Agora nós temos uma produtora, chamada Cine 40°, onde nossos alunos podem estagiar. Eu sou a supervisora deste estágio. Eles trabalham em grandes eventos, como esse, em parceria com CineB e outras exibidoras e distribuidoras de filmes. Eles nos ajudam e nós ajudamos na conclusão de estágio e na elaboração de trabalhos mais finos e supervisionados. Eles estão se saindo muito bem”, destaca.
A aluna de Cinema e Audiovisual, Sofia Vieira Cara, foi uma das estudantes que estava atuando na cobertura do evento. Ela se diz satisfeita com a realização da atividade. “É bem importante poder participar de tudo isso. Participar das atividades da faculdade, mostrando que a faculdade se importa com os alunos e quer que o aluno crie coisas para chamar mais atenção. E também em relação à palestra. Acho muito interessante trazer pessoas que vivem de arte para explicar sobre o assunto e inspirar outras pessoas”, salientou a estudante.

Debate
O debate, realizado após a exibição, foi rico em intervenções dos alunos. Aproveitando a oportunidade de ter a sua frente uma das mais importantes realizadoras brasileiras, os alunos puderam se aprofundar na carreira e nas obras realizadas por Tata Amaral.
Ana Alice Moreira Sanchez foi uma das alunas que realizou perguntas durante o debate. Ela demonstrou admiração pela trajetória da realizadora. “A Tata é uma grande inspiração, não apenas por ser uma mulher cineasta, mas também pelos projetos dela englobarem não somente mulheres, mas outras classes sociais. Por ter essa questão da militância, questões sociais, empoderamento. Então ela traz muito isso para os trabalhos, para os projetos dela, de uma maneira muito bonita, muito estudada, muito bem trabalhada. Com certeza isso inspira a nós, mulheres, a sermos também uma fonte de inspiração. Nos motiva a trabalhar não só pela valorização do poder feminino, mas também pela defesa das questões indígenas, de classes sociais e igualdade, gerando interesse e mobilização por essas causas”, salientou.

“Eu achei muito bacana o curso. As pessoas são muito interessadas, isso me alimenta. Mostrar a série sobre ativismo artístico e ver as pessoas se dedicando é muito bom. A possibilidade do diálogo é algo que nós, diretores, raramente temos. Seja na TV ou no cinema, não há tanto contato com o público. Essas sessões permitem isso e os alunos, por conta da natureza do curso, levantaram questões sobre política audiovisual, plataformas e direitos autorais. Isso já impacta a nossa atividade de forma severa”, destacou Tata Amaral.

Cinema Nacional
Ao longo do debate, assuntos importantes, como a política audiovisual brasileira, foram discutidos, abrindo um espaço para a conversa sobre atual situação do nosso cinema nacional. “Atualmente, lutamos por soberania audiovisual no Brasil, para que sejamos donos das nossas produções e parte do dinheiro das plataformas estrangeiras seja revertida para a produção independente local. Fazer um filme no Brasil não garante que ele seja brasileiro se os direitos autorais não forem nossos”, completou a diretora, se referindo a atual luta da categoria por regulamentação das plataformas, como o Netflix.

Para Camila Cattai, a atividade, com a presença de Tata Amaral, enriquece a formação dos alunos. “Foi uma alegria exibir parte da obra dela. Apresentamos o trabalho para nossos alunos e alunas de produção audiovisual e cinema, e eles puderam aproveitar não só as obras dela, mas também o bate-papo. Tatá é sensível e uma pessoa muito dedicada ao cinema de mulheres, ao cinema enquanto arte e expressão artística de massa. É uma honra recebê-la e entrevistá-la”, concluiu Camila.
Números do CineB
Desde 2007, o projeto já atingiu um público de 92 mil espectadores em mais de 740 sessões gratuitas realizadas em comunidades e universidades de São Paulo. Percorremos cerca de 300 bairros da capital e 23 cidades no interior e Grande São Paulo.
Ao longo destes 18 anos, criamos o Selo CineB do Cinema Brasileiro, com 4 DVDs que reúnem 18 curtas-metragens mais bem avaliados pelo projeto. No Prêmio CineB do Cinema Brasileiro, premiamos com troféus 217 entidades e 156 diretores de filmes exibidos.
A iniciativa busca democratizar o acesso ao cinema nacional e divulgar os filmes produzidos no Brasil. Já exibimos 172 longas-metragens e 125 curtas-metragens, além da realização de pré-estreias exclusivas.
Em 2020, durante o período de isolamento social, o CineB se reinventou com novos projetos: CineB On-line, CineB na Janela e CineB Autorama, ações que levaram o cinema até o público de maneira segura, reforçando o compromisso do projeto com a cultura e a democratização do acesso ao cinema brasileiro.
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Fotos da sessão:
































































