A primeira exibição do Cine B com a programação de novembro/ dezembro foi um sucesso em Vila Piauí, zona oeste de São Paulo. 160 pessoas estiveram presentes curtindo o longa Eu e meu guarda chuva, de Toni Vanzolini, e o curta metragem Procura-se, de Iberê Carvalho.
A comunidade reclama da falta de espaços culturais e de lazer na região.
“O povo sem cultura não é nada. Precisamos incentivar o conhecimento”, diz a agente cumunitária, Marta Sanches. “Nosso bairro não tem nada para lazer e cultura, por isso todo mundo acha importante que tenha eventos como o Cine B”.
“O brasileiro tem costume a achar o que é estrangeiro, melhor. Precisamos incentivar mais o pessoal para valorizar os filmes produzidos na nossa terra”, comenta a chefe dos Lobos do Grupo de Escoteiros Tocantins 112, Andrea Carvalho.
Ela inclusive conta como acontece na casa dela o “lobby” em favor do cinema nacional. “Sempre que vou assistir um filme brasileiro, meu marido faz cara feia, diz que não gosta. Aí depois acaba assistindo e acha bom”, conta Andrea.
Para a vizinha de Andrea, Luciana da Silva Lopes, só quando a gente passar a assistir mais os filmes produzidos por nossos conterrâneos é que vamos melhorar nosso Brasil e o cinema nosso de cada dia.
“Temos ótimos atores, e já produzimos tanto filmes quando novelas que não deixam nada a desejar”, diz Luciana.
E por isso fomos super elogiados na abertura da sessão pelo Padre Sérgio Antonio Bernardi.
EDUCAÇÃO NÃO TEM IDADE!
Com 65 anos, a moradora de Vila Piauí, Maria Candida de Souza Martinelli, concluiu o ensino médio na Fundação Bradesco. E ela ainda não está satisfeita.
“Logo volto a estudar, quero continuar com certeza”, diz Dona Maria. “Estudar me facilitou a vida, até meu jeito de ver a vida mudou”, conta.
E para os mais jovens, ela alerta: “Cultura e educação é muito importante. Todo mundo tem que estudar, ter acesso a cultura, principalmente os mais jovens”.