Este é o Cine B, reunindo escolas e moradores do Jaguaré, zona oeste de São Paulo. Pela sexta vez o projeto exibiu filmes brasileiros no salão de festas da Igreja São José do Jaguaré.
Boa parte do sucesso desta exibição se deve ao próprio coordenador do Cine B, O Cidálio Vieira Santos, que em parceria com o Padre Roberto, divulgou a sessão em escolas do Jaguaré. Três escolas vieram e os alunos macaram presença porque depois terão que entregar um trabalho sobre os filmes exibidos.
Na abertura da sessão, Padre Roberto ressaltou a importância que o cinema brasileiro tem ganhado a cada ano e a iniciativa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, em conjunto com a Brazucah Produções, de levar esses filmes a todos os cantos.
“Eu fazia aqui um trabalho comunitário com o Augusto Campos, ex-presidente do Sindicato dos Bancários e ex-vereador de São Paulo. Nessas ações culturais, conheci a diretora Brazucah produções, Cynthia Alario, que fazia o Cinema BR em Movimento”, explica Cidálio. “Com o Padre Roberto, fizemos a primeira exibição com o filme “O coração dos deuses, e vários outros”, diz.
Nessa época, o próprio Cidálio é que fazia e distribuía o material de divulgação. A vontade de levar o cinema brasileiro para as pessoas foi tanta, que um dia ele levou as pessoas no cinema.
“Levei os alunos do EMEF Espiridião Rosa para assistir o filme “Uma onda no ar”, no Espaço Unibanco”, diz Cidálio. “Dessa sessão até hoje sempre formo parcerias com as escolas”, ressalta.
A diretora da Brazucah vendo todo esse ativismo cinematográfico, convidou o Cidálio para apresentar um projeto itinerante de exibição de filmes brasileiros para o Sindicato dos Bancários. Através do presidente da entidade na época, o atual deputado estadual pelo PT, Luiz Cláudio Marcolino, o Cine B ganhou vida.
“Já trouxemos atores e atrizes por aqui, voltamos tantas vezes que o Cine B no Jaguaré já virou tradição”, diz Cidálio.
O Cidálio nem sabe que estou escrevendo sobre ele. Nunca faço nenhum texto sobre esta importante figura do Cine B. Mas como ele é há 12 anos morador do Jaguaré, acho que aqui fica o nossa homenagem a este ativista político-cultural que agita, e muito, o cinema brasileiro!