Não tem lugar páreo para o Cine B. Seja onde for, o local é transformado num verdadeiro cinema.
Só este ano já estivemos em um parque público, praças, ruas, templo católico, estacionamento de padaria e, agora, pela quarta vez, o projeto transforma o corredor da Galeria Borba Gato, numa sala de cinema!
“Queremos agradecer a oportunidade que o Sindicato dos Bancários (de São Paulo, Osasco e Região), e a Brazucah Produções nos dá, através do Cine B de apreciarmos nossa cultura”, elogia durante a abertura da sessão, a proprietária da loja Momentos, Márcia Garcia. “O Cine B tem tudo a ver com a nossa galeria”, ressalta.
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Nas outras vezes, o projeto exibiu os longas metragens brasileiros A máquina, Orquestra dos meninos, O casamento de Romeu e Julieta e agora, Eu e meu guarda chuva, de Toni Vanzolini, além do curta Procura-se, de Iberê Carvalho.
E a festa foi animada, viu? Já virou tradição no Cine B da Borba Gato, os inúmeros e maravilhosos presentes que os lojistas da galeria doaram para o sorteio final da sessão.
E dessa vez tivemos também uma mãozinha de um garoto propaganda, como ele mesmo se auto intitulou.
“Já chegou umas 29 pessoas que convidei aqui da região, alguns comerciantes que conheço, e olha que ainda vai chegar mais gente”, diz o também comerciante de Santo Amaro, Jorge Moura. “É gostoso ver o povo se divertindo”, comenta animado.
“Muito importante trazer o cinema para esta região, que assim como muitas aqui de São Paulo, carece de alternativas culturais e de lazer”, explica o assessor do Deputado Estadual pelo PT Luiz Cláudio Marcolino (um dos principais idealizadores do Cine B), Marcos Lerois.
SÍMBOLO DE VITÓRIA
Sempre que eu passo pela Galeria Borba Gato me impressiono com a força que os moradores e comerciantes da região conseguirão empreender para que a construção do Metrô não demolisse tudo que tinha pela área.
“O mas engraçado é que duas mulheres foram muito responsáveis por tudo que aconteceu aqui”, explica Regina Buttner, da ALTAP (Associação de Lojistas e Trabalhadores de Adolfo Pinheiro). “Um dia eu vi uma mulher ajudando a outra que tinha algum tipo de problema no pé a chegar na Santa Casa. Ver aquilo me tocou e fui em frente para ao menos garantir que a Santa Casa continuasse existindo, além da Galeria”, diz a advogada.